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terça-feira, 29 de junho de 2010
Branco
Não tinha emoção,
era a mesma sensação de olhar para uma parede branca.
O mesmo branco de sentimentos,
a "merma" coisa, dia apos dia.
Não por ser culpa,
não por estar errado.
Mas é fato,
as coisas do dia.
A poeira nos meus sapatos,
meu cabelo bagunçado.
Os olhos que nunca verei,
as pessoas que não trombarei.
Copos vazios,
mentes eletrizadas.
Nada me define,
afinal,
não busco definições de mim.
Busco emoções,
frio na barriga,
sorriso incontrolável,
a gargalhada,
e busco cor,
naquela parede branca.
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