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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Rio que desagua

São gotinhas,
salgadas...
Elas vêm de dentro,
quando as emoções não conseguem se conter.

Elas não fazem distinção de sentimentos,
vêm na alegria e na tristeza...
É fruto da dor, ou do sorriso.

Começa como se a gente estivesse engasgando,
como se fossemos literalmente explodir,
um nó se forma na garganta,
e um grito rouco rompe a tênue linha que nos mantêm impassíveis.

E então elas vêm...
Primeiro em um olho,
depois no outro,
as vezes nos dois.
Elas se misturam ao cílios,
borram o rímel,
escorrem na bochecha...

Sentimentos libertados...
Quentinhas, como um pequenino rio saindo de nós.
Vão até o queixo, e pingam nas roupas, mãos,
e no que mais estiver por perto...
Elas contagiam.

O corpo inteiro corresponde,
compartilhando aquele momento.

Soluços, suspiros, gemidos.
E então vai acalmando,
o cérebro começa a agir,
as emoções são contidas...

Lágrimas, pela dor, ou amor.
Pelo riso, pela rima, pela ausencia.

Nosso pequeno rio particular.


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